Linhas de Pesquisa
A Cidade e seus Bairros: Morfologia Social dos Lugares e Políticas de Urbanização.
Cidades, Mercados e Conflitos Urbanos: Etnografia dos Mercados Metropolitanos.
Estruturas Tradicionais, Expansão Metropolitana e Meio Ambiente: Etnografia dos Conflitos Ambientais.
1. A Cidade e seus Bairros: Morfologia Social dos Lugares e Políticas de Urbanização
Esta linha de pesquisa dedica-se a compreender a morfologia social de diferentes bairros da cidade e reúne investigações e estudos específicos sobre conflitos urbanos, confrontos e disputas em torno dos processos de renovação urbana, apropriações e reapropriações dos espaços coletivos de uso comum, formas de controle social e a dinâmica dos processos de urbanização em assentamentos de baixa renda (favelas, cortiços, conjuntos habitacionais, loteamentos e bairros de periferia).
2. Cidades, Mercados e Conflitos Urbanos: Etnografia dos Mercados Metropolitanos
Esta linha de pesquisa dedica-se às inumeráveis situações de conflitos urbanos associadas às formas de espacialização das trocas econômicas relativas às práticas sociais que ameaçam escapar aos dispositivos de regulação do uso do espaço público. A linha inclui pesquisas sobre os seguintes temas: 2.1. A cidade marginal: redes lícitas e ilícitas de métiers, comércios e serviços; 2.2. Grupos profissionais e minorias urbanas: memória, narrativas e experiências sociais; e 2.3. Os deuses da cidade: mercados e santuários na Região Metropolitana.
2.1. A cidade marginal: redes lícitas e ilícitas de métiers, comércios e serviços
Redes lícitas/ilícitas de comércios e serviços em meio urbano. Visibilidade/invisibilidade dos métiers no espaço público; os circuitos formais/ informais, a repressão/reconhecimento da prostituição, do comércio ambulante, da catação de lixo, do biscate e do tráfico como trabalho, profissão, delinquência ou ocupação orientam aqui a agenda sobre distintas formas de legalidade, retóricas do direito e a construção dos problemas públicos.
2.2. Grupos profissionais e minorias urbanas: memória, narrativas e experiências sociais
Diferentes grupos profissionais, minorias sociais, nacionalidades e grupos étnicos vêm protagonizando lutas por reconhecimento, buscando ser tratadas como portadores de direitos políticos diante do Estado Nacional e da sociedade civil. Assim, diferentes grupos urbanos vêm experimentando formas narrativas de expressão da memória coletiva em processos sociologicamente significativos de estruturação e organização de uma agenda positiva, com base na pluralidade e na emergência das diferenças.
2.3. Os deuses da cidade: mercados e santuários na Região Metropolitana
O comércio votivo ao redor dos santuários permite uma compreensão mais ampla e refinada do fenômeno sócio-cosmológico do mercado, pois este não é apenas um local de circulação de mercadorias. Cada mercado é ao mesmo tempo um universo econômico e simbólico, pois exige uma competência cultural para a participação plena dos seus frequentadores. Nesse sentido, esta linha de pesquisa busca reunir as etnografias que relacionam a economia política à cosmologia dos mercados e santuários urbanos.
3. Estruturas Tradicionais, Expansão Metropolitana e Meio Ambiente: Etnografia dos Conflitos Ambientais
Esta linha de pesquisa tem como objeto de investigação os efeitos não antecipados da expansão metropolitana sobre o meio ambiente com suas implicações, não só para a história e a ética ambiental, mas também para a morfologia social dos lugares e as formas de organização política e econômica das populações locais, sobretudo diante da nova configuração dos pólos de desenvolvimento e de turismo nas regiões metropolitanas. Esta linha inclui também pesquisas sobre: (3.1) Higéia: políticas de saneamento e saúde pública no Brasil.
3.1. Higéia: políticas de saneamento e saúde pública no Brasil
O contexto social e simbólico das práticas de saneamento e de saúde no Brasil, a partir de 1930. Um estudo dos pressupostos da revolução pasteuriana e do higienismo, a partir da ação de médicos e engenheiros sanitaristas, e o problema dos sucessivos surtos epidêmicos que vêm assolando as grandes cidades do Brasil, revisitando o debate em torno das políticas de saúde e saneamento e dos processos de alocação da responsabilidade nas arenas públicas.